26 de fevereiro de 2007

A pronúncia do Norte

Poucas coisas sabem melhor do que dizer mal dos Pearl Jam ou insultar o seu vocalista. Uma dessas poucas coisas é viajar, pedir um fino em vez de uma imperial ou jogar Trivial durante uma noite inteira em casa de desconhecidos que nos tratam como amigos de longa data. E nada sabe melhor do que voltar a casa depois de noites dormidas em colchões demasiado próximos do chão e de muitas horas passadas atrás do volante.
Para o Gui não ficar triste: os computadores dos cegos não têm um monitor em Braille mas falam uma linguagem que eles percebem. A tecnologia é tão bonita não é? Será que os computadores dos cegos têm pronúncia do Norte? Será que os cegos pedem francesinhas? Esta deveria ser uma questão de debate neste Blog. Os transumantes do Norte também têm direitos pelos quais nós nos devemos bater. Também nos devemos bater pelo fim dos Pearl Jam e por isso proponho que essa banda seja posta no Index da Igreja Católica.

23 de fevereiro de 2007

...os pipis-cogumelo...

à conta de uma conversa sobre fotografia, manipulaçao de imagem e pipis que aparecem sem serem convidados... (os que brotam, daí os cogumelos!!!) surgiu-me uma duvida...

"só um cego é que não percebe!" - ora sendo que se falavam de fotografias em computadores a minha pergunata é esta: existe ecras em braile??? (ou la como é que isso se escreve!!)

parece ser de uma profunda injustiça para os amigos ceguinhos (entre os qais eu me incluo todos os dias de manha qd me levanto antes de axar os oculos!) que nao existam!! é que eu ainda posso quase entrar pelo ecra dentro que ainda vou vendo alguma coisa... mas e os ceguinhos??

e já agora... será que também existem ecrãs em que o lado esquerdo estáno lado direito e vice versa?? para estrabicos?? é que a mim quem arranca coraçoes nao me deixa gozar com pessoas estrábicas, mas isto é nitidamente gozar com eles!! vê lá se a eles os proíbes??

e agora vou dormir que já estou com os olhos em bico!

18 de fevereiro de 2007

Indies & Cowboys

Depois de uma viagem do Barreiro para Lisboa a ouvir Guns'n'Roses no carro (só pior que as duas noites perdidas a tocar para ninguém), é reconfortante ver que os meus camaradas da blogoesfera [sempre sonhei usar esta palavra...] perderam tanto tempo a falar na minha pessoa.
De facto a minha maneira de bater palmas com duas mãos assemelha-se em tudo à maneira de bater palmas do Eddie Vedder. Só não se percebe porque é que Deus foi tão simpático para como o Eddie Vedder para lhe dar duas mãos quando existe tanta boa gente com apenas uma.
Quanto à minha t-shirt, não consta que o Eddie Vedder tivesse alguma coisa a ver com os Nirvana. Isso é o mesmo que achar que o Anthony poderia algum dia vir a gostar de mulheres. Odiar Pearl Jam não implica não gostar de Nirvana. Os Nirvana eram bons, os Pearl Jam são uma merda. Os Nirvana escrevem "Rape me" e os Pearl Jam soletram "Oh I'm still alive". E o facto de eles estarem vivos é mesmo o problema.
Mas quero agradecer ao tipo deste blog que arranca os corações, as simpáticas palavras acerca do concerto do MusicBox.

17 de fevereiro de 2007

Peaceful Kids =)










Em vez da guerra Indie/ Grunge, prefiro dedicar-me a pensamentos mais pacíficos. Pois bem, como transumantes exímios que somos, temos de ter um veículo adequado à nossa "arte". Nada melhor do que a famosa "carrinha pão de forma" para andarmos por aí a transumar como faziam os hippies... E assim já tínhamos como chegar à terra dos Ndembu para ver a famosa árvore Mukula. (Não hei-de morrer sem ver tão preciosa relíquia!)

Que tal?

Grunge Kids (resposta a Indie Kids)

Há pessoas que se tomam como pertencentes à cena Indie, seja lá isso o que for. Insistem em criticar pessoas como o Eddie Vedder, coisa que eu não percebo, mas tento com muito esforço respeitar. Muitas dessas pessoas, tal como o Luís, têm um Eddie Vedder reprimido dentro de si.
São bastante óbvias as parecenças de Luís com Vedder, embora isso lhe cause grande sofrimento. Vive numa luta constante contra o seu verdadeiro "eu", daí ter desenvolvido a personalidade bipolar que todos nós conhecemos. Apesar de insistir em vestir horríveis casacos de dupla face dos anos 80, usar nas suas músicas instrumentos como o banjo e outras merdas que ninguém sabe o que são,as provas de que o grunge kid dentro dele quer desagrilhoar-se são de um valor jurídico indiscutível. Passarei a enumerá-las:

Prova nº1: O cabelo e a barba são claramente uma influência vedderiana;
Prova nº2: As palminhas a acompanhar a bateria (no fim de Perfect Dress, no Music Box)são bebidas a Vedder (a própria performance -braços meio encolhidos e mãos próximas do rosto -fala por si);
Provas nº4 e 5: A camisa aos quadrados grandes é a imagem do som de Seattle, tal como o gorro que pediu emprestado para estar em palco no último dia 15.
Prova nº 6: A t-shirt que diz "Come As You Are" , numa alusão ao hino grunge de Cobain, mas mais do que isso, um grito mudo de quem clama pela libertação de um ego reprimido.

Eu gosto do Vedder, mas há coisas que eu não faria por me parecerem exageradas, não sei.

16 de fevereiro de 2007

Aos que esperam pelas 06:30

Transumámos ontem, dia 15, até ao Music Box e foi very niiiiiice:Goodbye Toulouse, Noiserv e Jesus,the Misunderstood.
O resto foi a desgraça que se viu com os Photonz a lixarem mais uma noite no Incógnito e nós sem a nossa gaivota.Dos gajosqueapanhamtaxisparairparacasa/fracos não reza a história.
Assim,para o meu querido Aeternium,companheiro de bezerrice e risadas já meio remelentas do sono, aqui fica Perfect Dress (Jesus,the Misunderstood aka banda pseudo-indie manhosa).

Não foi no Music Box, mas para já é o que temos e é bem bom.Dizem que foi assim bonito na Sociedade Guilherme Cossoul a 11.11.06:


Obrigada aos meninos e em especial à nossa MukuLulu por músicas assim.

14 de fevereiro de 2007

A arte da transumância...

Como o PB disse numa aula: "A antropologia é uma perda de tempo". Fiquei um bocado desmoralizada mas depois de pensar um bocado fez-se luz! É que se calhar essa perda de tempo é necessária para entrarmos nos recantos obscuros e labirínticos de um prado pouco verdejante. É nesse prado que se desenrola a segunda fase do nosso "rito de passagem": o ritual de transumância. E o que é isto? Não sei muito bem porque o facto de estar lá metida ainda não me permite ver grande coisa.

Talvez as antropologices façam parte deste ritual onde se passa tudo e ao mesmo tempo nada. É que provavelmente a melhor forma de definir a antropologia é esta: a arte da transumância...

Como me apetece ser neo-reducionista, não vou explicar mas aqui ficam estas palavras: um pant-hoot =)

Indie Kids

Mas alguém me pode explicar o que raio é um transumante? Por amor de Deus. Viva as bandas de pseudo-indie manhosas, porque por mais manhosas que essas bandas sejam, serão sempre melhores que os Pearl Jam.

Antropologices

Este não é um blog de antropologia, mas sim de antropologices. Ainda assim, aqueles mais dedicados ao estudo do homem numa perspectiva cultural/biológica (vocês sabem quem são) são livres de largar neste espaço as vossas ideias sobre performance e outras macaquices. Ficaremos todos muito contentes de saber por que prados andam a pastar.
Aos menos interessados/crentes na antropologia enquanto ciência (nós sabemos quem somos), resta-nos tentar perceber as especificidades da árvore mukula - citando theydontsleepanymore "essa mukula é boa" - e ficarmos contentes por saber que existem tribos chupadoras de pénis. Isto tudo para dizer que este é um espaço livre, para falar de tudo e de nada. Alguns, ousarão mesmo publicitar bandas pseudo-indie manhosas, mas tudo bem, a tolerância será a nossa trave mestra.
Pessoalmente, assumo o meu compromisso com a parcialidade, o neo-reducionismo e o uso de vírgulas em lugares menos apropriados.
Já agora aproveito para destruir a ideia romântica que têm de árvore da mukula (pois é, já sei meter aqui fotos). Agora vejam o que o Pereira Bastos nos ensina:


isto é (Jamssin) Mukula









isto é Mukula


isto é (Captain Michael) Mukula